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5 erros comuns em processos contra planos de saúde e como evitá-los

Introdução: sua saúde merece respeito e seus direitos também

Entrar com um processo contra o plano de saúde pode ser uma decisão difícil, normalmente tomada em meio a momentos de vulnerabilidade. Seja diante de uma negativa de cobertura, atrasos no atendimento ou recusas injustas, muitos pacientes e familiares se sentem inseguros sobre como agir.

A boa notícia é que você não está sozinho. Muitos brasileiros passam por situações semelhantes e, com a orientação correta, conseguem fazer valer seus direitos. No entanto, é preciso atenção: alguns erros são muito comuns e podem comprometer todo o processo judicial.

Neste artigo, vamos explicar os 5 erros comuns em processos contra planos de saúde e, principalmente, como evitá-los. Ao final, você terá orientações práticas e entenderá como um advogado especialista pode ser essencial na defesa do seu direito à saúde.


O que você vai encontrar neste artigo:

  • Quais são os erros mais comuns em ações judiciais contra planos de saúde
  • Como prevenir cada um desses erros na prática
  • Explicações jurídicas em linguagem simples
  • Jurisprudência atualizada
  • Dicas práticas, perguntas frequentes e modelo de notificação
  • A importância do advogado especialista na sua causa

1. Não reunir documentos essenciais

Um dos erros mais recorrentes é entrar com a ação sem os documentos corretos. Muitos pacientes acreditam que basta relatar o problema para convencer o juiz — mas no Judiciário, prova é tudo.

Documentos que não podem faltar:

  • Relatório médico detalhado com indicação do tratamento ou procedimento
  • Laudos, exames e receitas
  • Negativa formal do plano de saúde (por escrito)
  • Contrato do plano de saúde
  • Comprovantes de pagamentos (mensalidades)
  • Protocolo de atendimento e número de protocolo da negativa

Como evitar: Tenha uma pasta física ou digital com todos os documentos. Caso o plano de saúde se negue a fornecer a negativa por escrito, registre reclamação na ANS (nº 0800 701 9656) e anote todos os protocolos.


2. Acreditar que todo plano cobre tudo automaticamente

Muitos pacientes acreditam que, por pagarem o plano, estão automaticamente cobertos para qualquer exame, cirurgia ou medicamento. Não é bem assim.

A cobertura depende do tipo de contrato, do que está previsto no Rol de Procedimentos da ANS e de diretrizes de utilização (DUTs).

Exemplo real: Em uma decisão recente do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul TJ-RS – Apelação: 5007032-86.2017.8.21.0010 CAXIAS DO SUL,

Como evitar:


3. Não ter urgência reconhecida em juízo

A maior parte das ações judiciais contra planos de saúde exige tutela de urgência, ou seja, uma decisão rápida que obrigue o plano a cumprir a obrigação imediatamente. Sem isso, o paciente pode esperar meses até o julgamento final.

Erro comum: não apresentar provas médicas claras da urgência, o que leva o juiz a indeferir o pedido liminar.

Como evitar:

  • Junte laudo médico explicando por que o tratamento não pode esperar
  • Peça que o profissional de saúde utilize termos como “risco de agravamento”, “urgência vital”, “irreversibilidade do quadro” etc.
  • Peça ajuda de um advogado para formular corretamente o pedido judicial

4. Escolher um advogado sem especialização na área da saúde

O Direito da Saúde é uma área complexa e em constante mudança. Um erro estratégico, como fundamentar o pedido de forma genérica ou desconhecer decisões recentes, pode custar a causa.

Como evitar:

Dica: Um advogado especializado pode inclusive evitar o processo, resolvendo o problema por meio de notificações extrajudiciais eficazes, o que poupa tempo e desgaste.


5. Desistir diante da negativa inicial do plano

Muitos pacientes recebem uma negativa e simplesmente desistem, acreditando que não há mais o que fazer. Esse é talvez o erro mais grave — e mais comum.

Importante saber: A negativa do plano não é uma decisão final. Você tem o direito de contestá-la administrativa e judicialmente.

Como evitar:


Modelo prático: carta de notificação extrajudicial ao plano de saúde

À [Nome da Operadora de Saúde]

Assunto: Notificação extrajudicial para imediata autorização de procedimento médico

Eu, [NOME COMPLETO], inscrito(a) no CPF sob o nº [XXX.XXX.XXX-XX], titular do plano de saúde [NOME DO PLANO], contrato nº [XXXX], venho por meio desta requerer a autorização imediata para realização do seguinte procedimento: [DESCRIÇÃO], conforme prescrição médica em anexo.

Informo que, em caso de nova negativa, tomarei as medidas judiciais cabíveis, inclusive com pedido de tutela de urgência, para assegurar meu direito à saúde.

Sem mais,

[Local], [Data]

Assinatura

Perguntas frequentes sobre ações contra planos de saúde

1. O plano de saúde pode negar cobertura com base no Rol da ANS?
Pode, mas decisões recentes do STJ admitem exceções quando houver prescrição médica e urgência, desde que não seja experimental.

2. Posso processar o plano mesmo sem a negativa por escrito?
Sim, mas a negativa escrita fortalece o processo. Registre reclamação na ANS caso o plano se recuse a formalizar.

3. É possível obter decisão rápida?
Sim, via tutela de urgência. Mas é essencial comprovar o risco de dano grave à saúde.

4. Tenho direito a reembolso se pagar pelo tratamento?
Depende do caso, mas se for procedimento de cobertura obrigatória, a Justiça pode determinar o reembolso integral.


Por que contar com um advogado especialista em direito da saúde faz toda a diferença

Um advogado especialista em Direito da Saúde conhece as estratégias corretas para cada tipo de caso, domina os fundamentos técnicos e está atualizado com a jurisprudência e as normas da ANS.

Com esse suporte, o paciente:

  • Aumenta as chances de conseguir liminar
  • Evita prejuízos por erros formais
  • Ganha tempo em situações críticas
  • Pode até resolver o caso sem precisar judicializar

Conclusão: seus direitos não podem ser negados

Se você está enfrentando uma negativa de cobertura, não cometa os erros que mostramos aqui. A informação correta e o suporte jurídico adequado podem fazer toda a diferença entre o sofrimento e a solução.

Fale com um advogado especialista em Direito da Saúde e garanta seus direitos com segurança e agilidade.


Gabriel Bergamo
Advogado especialista em Direito da Saúde e Planos de Saúde

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