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Cirurgia Refrativa Plano De Saúde SUS – 7 Passos Para Garantir Seu Direito Mesmo Após Recusa

A cirurgia refrativa plano de saúde SUS é um dos temas que mais gera dúvidas entre pacientes que sofrem com miopia, astigmatismo, hipermetropia ou outros problemas visuais. Muitas pessoas se deparam com a negativa tanto do Sistema Único de Saúde (SUS) quanto dos planos privados, o que causa frustração e insegurança. Afinal, enxergar bem não é apenas uma questão estética, mas sim de qualidade de vida e de saúde.

Entender seus direitos é fundamental para não ser enganado por negativas abusivas. Nos últimos anos, a Justiça tem reconhecido que a recusa nem sempre é legítima e que o paciente pode sim exigir cobertura.

Neste artigo, você vai compreender em detalhes quando a cirurgia refrativa deve ser custeada pelo SUS ou pelo plano privado, o que fazer diante da recusa e quais caminhos legais podem ser seguidos.

O Que Você Vai Encontrar Neste Artigo

  • Explicação clara sobre cobertura da cirurgia refrativa pelo SUS.
  • Regras e limites da ANS sobre cobertura pelos planos privados.
  • Como a decisão do STF na ADI 7265 afeta o direito à cirurgia.
  • Passo a passo do que fazer diante da negativa.
  • Perguntas frequentes sobre o tema.
  • Orientações práticas de como agir e quando procurar um advogado.

Cirurgia Refrativa Plano De Saúde SUS: Como Funciona A Cobertura

A cirurgia refrativa é indicada para correção de miopia, astigmatismo, hipermetropia e presbiopia. No âmbito do SUS, ela pode ser realizada em centros oftalmológicos credenciados, mas geralmente a fila é longa e o acesso é restrito a casos mais graves.

A cobertura pelo SUS é direcionada principalmente a pacientes que não têm condições financeiras de arcar com o procedimento e que apresentam critérios clínicos específicos, como alto grau ou comprometimento significativo da visão.

O paciente deve procurar a unidade básica de saúde (UBS), passar por encaminhamento médico e aguardar a regulação. Na prática, muitos enfrentam dificuldades para conseguir a autorização.


Cirurgia Refrativa Pelo Plano De Saúde: O Que Diz O Rol Da ANS

O Rol de Procedimentos da ANS (RN 465/2021 e atualizações) define os tratamentos que os planos são obrigados a cobrir. A cirurgia refrativa consta no rol, mas com Diretriz de Utilização (DUT): só deve ser autorizada quando o paciente apresenta grau de miopia superior a 5 ou 6 graus, hipermetropia ou astigmatismo elevado.

Na prática, isso significa que, se o grau for considerado “baixo”, a operadora costuma negar o procedimento alegando ausência de obrigatoriedade.


Rol Taxativo Da ANS E A Decisão Do STF: Como Isso Afeta A Cirurgia Refrativa

Em 2025, o Supremo Tribunal Federal julgou a ADI 7265 e estabeleceu que o rol da ANS é taxativo, mas com exceções. A Corte decidiu que tratamentos fora ou com restrição no rol podem ser cobertos quando preenchidos requisitos técnicos e jurídicos, como:

  1. Prescrição médica fundamentada.
  2. Ausência de tratamento alternativo eficaz no rol.
  3. Comprovação científica de eficácia.
  4. Registro do procedimento ou insumo na Anvisa.
  5. Ausência de negativa expressa ou pendência de análise pela ANS.

Assim, mesmo que o plano alegue que a cirurgia refrativa não se enquadra no rol, o paciente pode buscar a cobertura se atender a esses critérios.

Contudo, importante informar que a cirurgia refrativa está no rol e esse não pode ser um motivo para a negativa.


O Que Fazer Quando O Plano De Saúde Recusa A Cirurgia Refrativa

  1. Exigir a negativa por escrito. O plano deve justificar os motivos.
  2. Conferir se a recusa está de acordo com a DUT da ANS.
  3. Reunir documentos médicos. Relatórios oftalmológicos e exames atualizados.
  4. Registrar reclamação na ANS. Pode ser feito pelo site ou telefone 0800 701 9656.
  5. Avaliar ação judicial. Com apoio de um advogado especialista, é possível ingressar com ação pedindo liminar para a cirurgia imediata.

Cirurgia Refrativa Pelo SUS: Quando Recorrer À Justiça

No SUS, as ações judiciais também podem ser necessárias, principalmente quando há risco de agravamento do quadro ou demora excessiva na fila de espera. O fundamento é o direito constitucional à saúde (art. 196 da CF).

Muitos tribunais têm determinado que o SUS realize o procedimento quando comprovada a necessidade clínica e ausência de alternativas eficazes.


Diferença Entre Estética E Necessidade Médica

Planos e até o SUS muitas vezes alegam que a cirurgia refrativa é apenas estética. No entanto, quando a visão prejudica a vida profissional, o estudo, a mobilidade ou quando os óculos não oferecem correção adequada, o caráter é de tratamento médico essencial, e não estético.


A Importância De Laudos Médicos Bem Fundamentados

Um relatório médico detalhado é peça-chave para garantir a cobertura. Deve conter:

  • Diagnóstico completo.
  • Grau refracional atualizado.
  • Indicação da cirurgia como única solução eficaz.
  • Riscos da não realização.

Perguntas Frequentes (FAQ)

1. O plano pode negar cirurgia refrativa se meu grau for baixo?
Sim, pela regra da ANS, mas a negativa pode ser contestada judicialmente se houver indicação médica e risco para sua saúde.

2. O SUS cobre cirurgia refrativa para qualquer grau?
Não. Normalmente, apenas casos mais graves, com critérios clínicos específicos.

3. Preciso de advogado para recorrer contra a negativa?
Na prática, sim. Um advogado especialista em saúde aumenta muito as chances de conseguir liminar rápida.

4. Quanto tempo leva uma ação judicial?
A liminar pode ser concedida em poucos dias, garantindo a cirurgia antes do julgamento final.

5. O que devo juntar para entrar com ação?
Carteirinha do plano, negativa por escrito, relatório médico, exames recentes e documentos pessoais.


O Papel Do Advogado Especialista Em Saúde

Um advogado especialista conhece as teses jurídicas, a jurisprudência e sabe como pedir liminar de urgência. Além de defender seus direitos contra planos privados, pode também ajuizar ações contra o SUS quando houver demora ou omissão.

Muitos pacientes só conseguem acesso à cirurgia refrativa após recorrer à Justiça, e nesse contexto o advogado é peça indispensável para transformar o direito em realidade.


Conclusão

Se você está enfrentando a negativa do SUS ou do plano privado para realizar a cirurgia refrativa, saiba que existem caminhos legais para garantir seu direito. Não aceite justificativas genéricas ou abusivas: reúna os documentos, conheça seus direitos e busque apoio especializado.

Se você está enfrentando essa situação, fale com um advogado especialista em direito da saúde para garantir seus direitos e sua tranquilidade.


Gabriel Bergamo, advogado especialista em direito da saúde, SUS e Planos de Saúde.

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