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Nefrectomia Parcial Robótica O Plano De Saúde Cobre? Descubra seus direitos E Como Agir Diante Da Negativa

Se você ou um familiar foi diagnosticado com um tumor renal e recebeu a indicação de nefrectomia parcial robótica, é natural que surjam muitas dúvidas. Entre elas, uma das mais comuns é: o plano de saúde tem obrigatoriedade de cobrir esse tipo de cirurgia?

Neste artigo, você vai entender de forma clara e segura se a nefrectomia parcial robótica é coberta pelos planos de saúde, como agir diante de uma negativa, o que diz a legislação da ANS e como a Justiça tem decidido nesses casos. Este é um guia completo para pacientes e familiares que buscam não apenas informação, mas caminhos práticos e eficazes para garantir seu direito ao tratamento mais adequado.


O que você vai encontrar neste artigo:

  • O que é nefrectomia parcial robótica
  • Diferenças entre cirurgia tradicional, laparoscópica e robótica
  • Quando o procedimento é indicado
  • O que diz a ANS sobre a cobertura
  • Jurisprudências recentes e favoráveis
  • Como agir diante da negativa
  • Quais são os direitos do paciente
  • Dano moral por negativa abusiva
  • Importância do laudo médico detalhado
  • Papel do advogado especialista em Direito da Saúde

O que é nefrectomia parcial robótica?

A nefrectomia parcial robótica é uma cirurgia realizada com auxílio de um sistema robótico que permite maior precisão, menor sangramento, menor tempo de recuperação e maior segurança ao paciente. Ela consiste na remoção apenas de parte do rim acometida por tumor ou lesão, preservando o restante do órgão.

É indicada principalmente para pacientes com tumores renais pequenos ou em estágios iniciais, e é uma alternativa menos invasiva se comparada à cirurgia aberta.


Cirurgia tradicional, laparoscópica ou robótica: qual a diferença?

  • Cirurgia aberta tradicional: incisão ampla, maior tempo de internação, dor e riscos.
  • Laparoscópica: menos invasiva, uso de câmeras e pinças; recuperação mais rápida.
  • Robótica: avanço da laparoscopia com precisão milimétrica e melhor preservação renal.

A escolha entre essas abordagens cabe ao médico, que deve considerar o quadro clínico do paciente, não o plano de saúde.


O que diz a ANS sobre a cobertura da nefrectomia robótica

A ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) estabelece um Rol de Procedimentos obrigatórios para os planos de saúde. A nefrectomia está prevista no rol, com previsão para realização por via laparoscópica ou aberta. Embora não mencione explicitamente a via robótica, o STJ já pacificou entendimento de que a técnica utilizada não pode ser limitadora quando o procedimento está indicado e previsto no rol da ANS.

A resolução RN 465/2021 e suas atualizações trazem a nefrectomia parcial como procedimento de alta complexidade (PAC), cuja cobertura é obrigatória para planos hospitalares.


Jurisprudência favorável: TJPE reconhece direito à nefrectomia robótica

Em decisão recente (Apelação Cível 0073704-43.2022.8.17.2001), o TJ de Pernambuco condenou a operadora Unimed por negar cobertura à nefrectomia parcial robótica indicada para paciente com tumor renal. O Tribunal reconheceu que a negativa foi abusiva, especialmente diante da presença de urgência médica, previsão do procedimento no rol da ANS e inaptidão da rede credenciada.

A decisão também reconheceu dano moral pelo sofrimento causado pela negativa, fixando indenização em R$ 5.000,00.


O que fazer se o plano negar a cobertura da nefrectomia robótica?

  1. Peça por escrito a negativa e os motivos alegados.
  2. Solicite ao seu médico laudo detalhado, mencionando a necessidade da via robótica.
  3. Registre reclamação na ANS pelo número 0800 701 9656 ou site oficial.
  4. Procure um advogado especialista em Direito da Saúde para uma ação imediata com pedido liminar.

Quais são os seus direitos como paciente?

  • Direito à cobertura do procedimento indicado, se previsto no rol da ANS.
  • Direito à escolha da técnica pelo médico, não pelo plano.
  • Direito à rede credenciada habilitada. Se inexistente, plano deve custear fora da rede.
  • Direito à urgência médica, sem carência.
  • Direito a indenização por danos morais, quando houver negativa abusiva.

A negativa pode gerar dano moral?

Sim. A jurisprudência majoritária entende que a recusa indevida de cobertura, principalmente em casos graves como o de tumor renal, gera abalo emocional, angústia e sofrimento, ensejando indenização por dano moral. Isso já foi reconhecido por diversos tribunais estaduais e pelo STJ.


A importância do laudo médico detalhado

O laudo é essencial para embasar tanto o pedido administrativo quanto eventual ação judicial. Deve conter:

  • Diagnóstico completo
  • Justificativa da via robótica
  • Urgência do tratamento
  • Risco da demora
  • Assinatura e CRM do médico

O papel do advogado especialista em Direito da Saúde

Contar com um profissional especializado faz toda a diferença. O advogado saberá:

  • Protocolar pedido urgente com pedido de liminar
  • Reunir a documentação ideal
  • Acionar o Judiciário de forma estratégica
  • Pleitear indenização pelos danos sofridos

Há várias decisões em que a Justiça garante a realização da cirurgia em 24 a 48 horas após a liminar. O tempo é fator crucial.


Conclusão

Se você ou alguém da sua família precisa realizar nefrectomia parcial robótica e o plano de saúde se recusa a cobrir, não aceite a negativa como definitiva. Você tem direitos garantidos em lei e pode exigir o tratamento mais adequado, com segurança e dignidade.

Se você está enfrentando essa situação, fale com um advogado especialista em Direito da Saúde para garantir seus direitos e sua tranquilidade.


Gabriel Bergamo, advogado especialista em Direito da Saúde e planos de saúde.

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